O vazamento de um vídeo enviado pelo senador e candidato a governador Jorginho Mello (Partido Liberal) para eleitores maçons tem gerado desconforto em setores evangélicos ligados à candidatura e esperança em outras candidaturas ao governo com a possibilidade de um racha interno entre os bolsonaristas. O vídeo começou a circular no domingo entre pastores e cabos eleitorais ligados à denominações evangélicas.

No vídeo, intitulado “Mensagem do Jorginho aos valorosos irmãos maçons”, o candidato do Partido Liberal afirma fazer parte da maçonaria. Segundo ele, os maçons são “homens justos, íntegros e de valores, que com certeza fazem as diferença onde estão inseridos no mundo profano”.

– Me comprometo como um verdadeiro maçom que meu governo será pautado dentro dos princípios e ordem da mais pura integridade e honestidade. Para tanto, publicamente assinarei o código de conduta do maçom no exercício da atividade política – diz Jorginho, que encerra o vídeo com um “tríplice e fraternal abraço a todos”, em referência a um gesto praticado entre maçons.

A maçonaria sofre resistência em setores evangélicos, especialmente as denominações pentecostais. Ainda na segunda-feira, Jorginho gravou um segundo vídeo, dirigidos aos evangélicos, chamado “Mensagem do Jorginho aos cristãos”. Nele, o senador pede desculpas pelo uso do termo “profano” no vídeos aos maçons.

– Recentemente, em um vídeo que gravei, usei indevidamente a palavra profano. Não quero ser mal-interpretado e, por isso, de coração aberto e com a humildade de um cristão que sou, quero pedir desculpas por este ato-falho – disse Jorginho, que encerra o vídeo prometendo governar o Estado com valores cristãos, “debaixo da luz e dos princípios bíblicos”.

Diversas edições do vídeo original passaram a circular em redes evangélicas. As demais candidaturas ficaram atentas ao que Jorginho chamou de ato falho. Ainda na segunda-feira, o senador Esperidião Amin (Progressistas) gravou um vídeo direcionado aos cristãos que tem circulado junto com a versão do adversário. Amin promete pedir a participação das igrejas na formulação de políticas públicas.

Na esteira, o governador licenciado Carlos Moisés (Republicanos) também gravou um vídeo específico para o eleitorado evangélico. Nele, afirma que há quatro anos recebeu “a missão de estar à frente do governo do Estado. Moisés diz que durante a pandemia tomou medidas para que as igrejas nunca fossem fechadas “para atendimento individual” e que “tão logo possível” foram estabelecidas normas para retomada dos cultos. Nesta terça-feira, uma reunião sobre o tema mobilizou a campanha de Gean Loureiro (União Brasil).

Veja o vídeo de Jorginho aos maçons:

Veja o vídeo de Jorginho aos cristãos:

Veja o vídeo de Amin aos cristãos:

Veja o vídeo de Moisés aos cristãos:

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