Jorginho afaga Republicanos em evento evangélico na Alesc

O senador Jorginho Mello (Pl) mostrou toda sua disposição para trazer o Republicanos para a aliança com que pretende disputar o governo em 2022. Chegou a mudar o voo de Brasília para estar presente no ato da Assembleia Legislativa em reconhecimento aos serviços prestados pelas igrejas evangélicas de Santa Catarina durante a pandemia da Covid-19, proposto pelo deputado estadual Sérgio Motta – presidente estadual do Republicanos. Foram homenageados 174 pastores, bispos e líderes evangélicos no parlamento estadual, representando 106 denominações. Durante a solenidade foi entregue uma placa em homenagem ao bispo responsável da Igreja Universal do Reino de Deus em Santa Catarina, Jean Carlos Santos Paulo.

“Neste período de pandemia a gente ficou triste, de joelhos, o mundo ficou, e as igrejas tiveram um papel fundamental nesta recuperação, nesta retomada, dando ânimo, mostrando caminhos e ensinamentos, ajudando aqueles que estão passando por dificuldades, há muitas obras que se fazem por meio das igrejas, doando alimentos para alma e para o corpo, então as igrejas são fundamentais para dar equilíbrio para a sociedade.”

Jorginho Mello, marcando presença junto aos evangélicos na Alesc.

Detalhes que fazem diferença

Católico e devoto da Virgem Maria, Jorginho Mello até tirou o broche que sempre carrega na lapela junto com aquele que o identifica como senador da República. Poucas horas antes, quando o Senado aprovou a indicação de André Mendonça, o terrivelmente evangélico, para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (Stf), Jorginho ainda estava com a Virgem Maria junto ao peito. Depois, no evento dos evangélicos na Alesc, o broche sumiu.

Jorginho abraça André Mendonça. Repare nos dois broches no terno o senador.

Poucas horas, depois, no evento dos evangélicos, Jorginho usou apenas o broche do Senado. Foto: Jeferson Baldo, Agência AL.

Ausência

Enquanto o católico Jorginho Mello moveu céus, terra e um broche para agradar os evangélicos e o universal Sérgio Motta, o governador Carlos Moisés (ex-Psl), que é evangélico, não estava presente no evento. Convidado, foi.

Aliás

Por falar em André Mendonça, novo ministro do Stf, impressionante como o Senado ficou quatro meses travado nessa questão, para vexame do senador Davi Alcolumbre (Democratas de Roraima) tentando mostrar uma força política que não tinha. Aliás, o Senado nunca barrou indicações de presidentes para o Stf antes, daria gás à narrativa dos bolsonaristas de que não deixam o presidente Jair Bolsonaro governar caso começasse justamente agora.

A omelete de Pinho Moreira

Entrevistado por mim e pelo Adelor Lessa na manhã desta sexta-feira na Rádio Som Maior, o ex-governador Eduardo Pinho Moreira – agora diretor do Brde – fez uma aposta: não vai dar em nada a reunião da executiva do Mdb estadual na segunda-feira para tentar antecipar a decisão sobre a pré-candidatura do partido ao governo. Mesmo, assim, ensina o experiente político, a tentativa de conciliação entre as postulações do senador Dário Berger e o prefeito Antídio Lunelli, de Jaraguá do Sul, pode servir para que “quebrem-se alguns ovos” e que “quando se quebram os ovos, tem que aproveitar para fazer a omelete”.

Moisés no 15 ou com o 15

A omelete de Pinho Moreira talvez atenda pelo nome do governador Carlos Moisés. O emedebista diz que está à margem das negociações, desde que deixou a executiva do partido para poder ingressar no Brde, mas que “há, inegavelmente, simpatias no Mdb em relação ao governador Carlos Moisés e não são poucas.” Disse que aprovaria a filiação de Moisés ao Mdb, embora não descartou a possibilidade de que o partido seja vice do atual governador em outra sigla – desde que não seja o Progressistas, é claro.

Eu aprovaria a filiação de Moisés, a filiação de um governador que está fazendo o que ele está fazendo por Santa Catarina. Eu vi aqui em Araranguá as manifestações em prol do governador.

Mais longe de Dário

Pinho Moreira mostrou estar cada vez menos ligado à pré-candidatura de Dário Berger. Citou as conversas do senador com o Psb e alfinetou: “você já me viu conversando com outro partido? Eu só falo dentro do Mdb”.

Celso Maldaner futuro ex-candidato

O ovo que vai quebrar na segunda-feira é a decisão oficial do deputado federal Celso Maldaner, presidente do Mdb-SC, de retirar a pré-candidatura a governador e apoiar Antídio Lunelli. A a reação de Dário ao gesto. Na prática, Maldaner retirou a candidatura no início de novembro em evento do Mdb em Jaraguá do Sul. Na ocasião, discursou dizendo que a bola estava com o prefeito jaraguaense.

Ouça a íntegra da entrevista de Eduardo Pinho Moreira na Rádio Som Maior

O sorriso pessedista

Segunda-feira será um daqueles dias em que velhos conhecidos se abraçam, sorriem e contam piadas, mesmo tendo passado os últimos meses tramando uns contra os outros. Sim, é dia de encontro do Psd catarinense em São José, na Arena Petry. A estrela da festa será o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, recém-filiado à sigla para constar na lista dos pré-candidatos a presidente da República. Ele vem com o presidente nacional do Psd, Gilberto Kassab.

Perfilando a tropa

A expectativa é de que cerca de 200 lideranças pessedistas catarinenses estejam presentes, incluindo os três pré-candidatos a governador – João Rodrigues, Napoleão Bernardes e Raimundo Colombo -, os deputados federais Darci de Matos e Ricardo Guidi e os deputados estaduais Ismael dos Santos, Júlio Garcia, Marlene Fengler e Milton Hobus, presidente estadual da sigla. No evento serão apresentados os pré-candidatos para a Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa em 2022.

Afilhados

Politicamente distantes nos últimos tempos, o ex-governador Raimundo Colombo e Júlio Garcia almoçaram e conversaram em torno daquele que sempre terão em comum: Jorge Bornhausen.

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