O Fundo de Apoio aos Municípios (Fundam) foi uma das marcas do governo de Raimundo Colombo (Psd), canalizando cerca de R$ 500 milhões dos R$ 9 bilhões em financiamento que o pessedista conseguiu junto ao governo federal comandado pela então presidente Dilma Rousseff (Pt). Foi fundamental para garantir apoio e simpatia de prefeitos – aliados e supostamente adversários – nas eleições de 2014, quando se reelegeu. A segunda edição do programa, já com Michel Temer (Mdb) não saiu do papel após enfrentar resistências no Bndes.

Em tempos de Plano 1000, o governo Carlos Moisés (ex-Psl) aprovou no final de ano na Assembleia Legislativa a proposta de criação de um novo Fundo Social que extingue diversos fundos existentes formalmente, entre eles o esvaziado Fundam. Nesta sexta-feira, a Secretaria da Fazenda anunciou o fim oficial do fundo de Colombo e aproveitou para criticar o modelo adotado pelo ex-governador de repasse de recursos aos municípios através de financiamentos.

É a segunda crítica pública de Paulo Eli ao pessedista essa semana, que na segunda-feira atacou o índice de comprometimento com a folha salarial nas gestões do ex-governador. Colombo tem sido um dos principais crítico à gestão Moisés e foca seus ataques à gestão da Fazenda com a acusação de que o secretário Paulo Eli usa a inflação para cobrar mais impostos e “fazer caixa”.

De acordo com a Fazenda, o programa captou R$ 535 milhões junto ao Bndes, mas gerou uma dívida total de R$ 1,07 bilhão a ser quitada até 2036. Até o momento, foram pagos R$ 316 milhões – sendo que R$ 152 milhões foram quitados na atual gestão. Para este ano, está previsto um desembolso de R$ 66,7 milhões.

Diferente da atual gestão, que fez o dever de casa, fez o saneamento financeiro e agora pode investir com recursos próprios, estamos pagando uma dívida que é praticamente o dobro do empréstimo – disse Paulo Eli, secretário da Fazenda e alvo preferido das críticas de Colombo ao governo Moisés. 


Sobre a foto em destaque:

Paulo Eli, observado por Moisés, em evento em Forquilhinha nesta sexta-feira. Foto: Júlio Cavalheiro, Secom.

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