Em um momento em que tenta projetar a imagem como a de um líder de oposição ao governo de Carlos Moisés (Psl), o ex-governador Raimundo Colombo (Psd) foi o entrevistado na manhã desta sexta-feira no quadro Plenário, no Programa Adelor Lessa, na Rádio Som Maior. Entrevistado por Dênis Luciano e por mim, ele voltou a disparar contra o que considera aumentos de impostos praticados pela atual gestão. Na entrevista, ele disse que está com o nome a condição para concorrer ao governo pela terceira vez, falou das conversas com outros postulantes e prometeu que, se eleito, não será candidato à reeleição.
Perguntei, então, se essa promessa era uma forma de convencer possíveis aliados como o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (Democratas, futuro União Brasil), a apoiá-lo.
– Não é, Upiara, mas também funciona para isso. Não foi a minha intenção. É evidente que os aliados vão enxergar isso como um sinal positivo. Mas a minha questão é a seguinte, eu não quero chegar aonde eu já estive para fazer a mesma coisa do mesmo jeito. Quero chegar para fazer as mudanças que eu enxergo necessárias para os desafios que temos hoje e que não são os mesmos de 12 anos atrás. Isso exige uma série de desgastes e enfrentamentos, ok. Eu não serei candidato a mais nada, fico quatro anos e saio – afirmou.
Sobre as possíveis alianças, Colombo falou das conversas com lideranças do União Brasil, Progressistas (Pp), Mdb e Podemos.
– Nós temos conversado com Gean Loureiro, estamos próximos do União Brasil. Conversei com o Esperidião (Amin), acho que o Pp é um partido importante. Conversamos com o Mdb. Esse mundo político tem que conversar, isso não é uma coisa errada. Se houver identidade e uma aliança que for auto-explicativa, eu não vejo nenhuma dificuldade. As reuniões não são feitas para apoiar o Raimundo, o Gean, o Esperidião, o Antídio (Lunelli, do Mdb) ou o Fabrício (Oliveira, do Podemos). São feitas para construir grupos para fazer o enfrentamento da eleição
Na entrevista, ele falou das ações como governador para reduzir carga tributária e voltou a criticar o aumento médio de 23% no valor cobrado de Ipva em Santa Catarina – fruto da valorização dos automóveis usados na tabela Fipe. O pessedista defende que seja mantida a tabela do ano passado, sem os efeito da inflação e da valorização dos veículos.
– A estratégia do governo está dentro de um contexto que na minha opinião, é completamente errada. Está passando uma culpa que o cidadão não tem, a inflação é um problema de custo então quando gera esse algo, piora a vida das pessoas – Colombo.
Ouça a entrevista na íntegra:
Sobre a foto em destaque:
O ex-governador Raimundo Colombo concedeu entrevista à Rádio Som Maior na manhã desta sexta-feira. Foto: Caio Marcelo, Divulgação.