O prefeito de São José, Orvino Coelho de Ávila (PSD), cobrou novamente a Casan em relação as obras da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) do bairro Potecas, que não poderá ser concluída no período previsto em decorrência da falta de recursos. O novo presidente da companhia, Edson Moritz, afirmou nesta semana que a empresa terá foco em se aproximar dos municípios.
-Nossa população não aguenta mais o descaso que a Casan tem com São José, além da dívida histórica com a cidade. Vamos cobrar que a empresa cumpra com o combinado – disse Orvino.
A nova ETE deve ter capacidade de vazão média, na primeira etapa, de 600 L/s, cerca de 42% a mais do que a capacidade atual. O investimento é de R$ 250 milhões.
O presidente da Casan, Edson Moritz, admitiu a falta de recursos financeiros para concluir a estrutura.
– Preciso revelar para vocês que a condição financeira da Casan não é das melhores. Assumimos a gestão e vimos que temos muitos desafios pela frente. A realidade é que uma série de solicitações foram feitas e a maioria não foi cumprida e hoje não temos recursos para continuar.
Moritz disse que, durante a sexta-feira, estará reunido com o governador Jorginho Mello (PL) para encaminhar as demandas das obras nos municípios de São José, Chapecó e Criciúma.
– Já marcamos uma nova reunião para dia 14 de setembro, depois que as nossas reivindicações forem encaminhadas novamente ao governador. Esperamos poder assinar os convênios e os contratos para que as coisas melhorem. Mas se tiver que tomar uma posição extrema, eu já disse ao presidente da Casan, reitero e reafirmo que vou tomar. afirmou o prefeito.
Em julho 2022, Orvino já ameaçava romper o contrato com a Casan em razão de débitos por parte da companhia em relação ao município. Na reunião com os diretores da Casan, o secretário de Infraestrutura de São José, Nardi Arruda, também cobrou compromissos da estatal que não estão sendo cumpridos.
– Estamos solicitando que todos os veículos da Casan, que fazem manutenção em São José, sejam rastreados e que o link seja fornecido para atrelarmos ao nosso sistema Infraestrutura Conectada.
Arruda cita, ainda, que 42% dos buracos em São José foram provocados por obras da Casan.
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