Após falas do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (Pt) defendendo a recriação do Ministério da Pesca, o coordenador do Grupo de Trabalho (Gt) de Pesca na Transição e ex-ministro da Pesca, Altemir Gregolin, se manifestou em defesa da transformação da Secretaria da Pesca e Aquicultura do Ministério da Agricultura em um novo ministério, visando garantir fim da instabilidade institucional no setor.
Para Gregolin, investir na produção de pescado é estratégico para o Brasil, para melhoria da renda e a promoção da segurança alimentar de milhares de famílias de pescadores, bem como, gerar oportunidades de trabalho, emprego e renda para milhares de pequenos e médios aquicultores.
– Uma instituição com poder e autoridade para fazer a interlocução dentro e fora do governo, formular políticas públicas e fazer, do ponto de vista econômico, mais de 300 mil aquicultores, 1 milhão de famílias de pescadores e 10 mil trabalhadores na indústria, protagonistas do fortalecimento de uma cadeia produtiva que já é destaque no país -, pontua.
Para Gregolin, faltam recursos e estrutura no atual governo para investir no desenvolvimento do setor.
– A pesca padece de investimentos em pesquisa, monitoramento de estoques e estatística para uma boa gestão dos recursos pesqueiros, além de recursos para a melhoria de embarcações e agregação de valor aos produtos dos pescadores. A aquicultura precisa de mais investimentos em crédito, assistência técnica e no cooperativismo para viabilizar a atividade -. diz.
O antigo Ministério da Pesca sofreu, em 2019, uma reforma ministerial e foi integrado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).