Tucanos com Dória (quase os mesmos)

Na reta final da prévia presidencial do Psdb, o governador paulista João Dória continua tentando mostrar que em Santa Catarina o jogo não está jogado para o governador gaúcho Eduardo Leite. Na sexta-feira, recebeu uma comitiva de 20 lideranças catarinenses no Palácio dos Bandeirantes. A comitiva foi liderada por seus três principais cabos eleitorais no Estado: o ex-senador Paulo Bauer, o prefeito de Araquari e presidente da Fecam Clenilton Pereira e o ex-ministro Vinicius Lummertz, atual secretário de Turismo no colegiado de Dória.

Adesão importante

Em relação aos apoios que Dória já tinha, há uma conquista importante: o prefeito Saulo Sperotto, de Caçador. No final de agosto, ele chegou a integrar uma comitiva tucano liderada pelo deputado estadual Marcos Vieira e por Gelson Merisio para declarar apoio a Eduardo Leite em Porto Alegre. De resto, a foto oficial traz nomes que já estavam com Dória, concentrados no Norte do Estado. Além deles, mais dois prefeitos do Oeste: Luiz Clóvis Dal Piva, de Guatambu, e Mário Cena, de Pinhalzinho, amigo de infância da primeira-dama Bia Dória, pinhalense ilustre.

Liberal infiltrado

Tinha espaço na comitiva catarinense pró-Dória até para quem não é tucano de carteirinha, caso do vereador Anderson Guzzatto, de Concórdia, presidente da União de Vereadores de Santa Catarina (Uvesc). Ele é filiado ao Pl do senador Jorginho Mello. A informação é de que ele foi apenas pelo almoço, não vai mudar de time.

De olho

Interessante observar o engajamento do ex-senador Paulo Bauer na pré-candidatura de Dória. A vitória do paulista sobre Leite nas prévias enfraquece as articulações de Gelson Merisio e Marcos Vieira, os dois principais cabos eleitorais do gaúcho no Estado. É a chance para que o ex-senador, quinto colocado em 2018 quando tentou a reeleição, volte para o palanque. A leitura vale para Vinicius Lummertz, que sabe que só tem chance na majoritária em Santa Catarina se for o candidato de Dória.

Chiodini reúne time para Antídio

Candidato à reeleição e principal apoiador da pré-candidatura de Antídio Lunelli ao governo do Estado pelo Mdb, o deputado federal Carlos Chiodini (Mdb) mostrou que tem time em Jaraguá do Sul. Ele reuniu 12 prefeitos – Lunelli entre eles – e mais de 400 pessoas entre vereadores e lideranças do Norte. Também compareceram o deputado federal e presidente do Mdb-SC, Celso Maldaner, e o deputado estadual Fernando Krelling.

“Essa é a política que nós queremos fazer por Santa Catarina. Hoje é um encontro partidário. Reunimos amigos, companheiros de caminhada até de outras legendas e a representatividade de tantas lideranças aqui presentes demonstra que com trabalho sério, responsabilidade com recurso público e transparência podemos construir um mandato que mude a vida das pessoas. Para mim, a boa política se faz com muita conversa.”

Carlos Chiodini (Mdb), anfitrião.

Celso entra no time

O evento virou um comício pela pré-candidatura de Antídio Lunelli, que disputa a indicação oficial com o senador Dário Berger. Se havia dúvidas em relação ao apoio de Celso Maldaner ao prefeito de Jaraguá do Sul, acabaram no sábado. Em seu discurso, Celso disse que Lunelli só não será governador pelo Mdb se não quiser.

“Eu seria o homem mais realizado e mais feliz do mundo em ser governador, mas eu coloco acima dos meus interesses pessoais a nossa instituição, que é o Mdb. Aquele que estiver melhor vai ser o nosso governador. E com certeza: Antídio, a bola está contigo.”

Celso Maldaner (Mdb), passando a bola.

Boeira quase socialista

O ex-deputado federal Jorge Boeira (Progressistas) pediu mais uns dias para confirmar sua filiação ao Psb para ser o pré-candidato da legenda ao governo. Vai ter uma última conversa com o senador Esperidião Amin (Progressistas), mas dificilmente será demovido. Com a intenção de liderar a frente de esquerda em Santa Catarina, o Psb vai se organizando com ex-petistas. Além do ex-deputado federal Claudio Vignatti, presidente estadual, o ex-deputado estadual Jailson Lima é outro que está entrando na sigla.

Vem de cima

É forte em Brasília a articulação para que o Pt indique o vice de Boeira e que seja viabilizada uma frente com Pc do B, Pdt, Pv, Rede e Psol. A maior dificuldade local deve ser o Psol, onde há resistências ao nome de Boeira.

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