Na véspera de assumir o governo do Estado com a licença do governador Carlos Moisés (Republicanos) e da vice-governadora Daniela Reinehr (Partido Liberal), o presidente da Assembleia Legislativa, Moacir Sopelsa (Mdb), foi o entrevistado no Plenário Podcast desta sexta-feira. Na conversa com Adelor Lessa e Upiara Boschi, o emedebista falou da expectativa de assumir o cargo de governador como epílogo de uma carreira de seis mandatos como deputado estadual, além da prefeitura de Concórdia e duas passagens pela Secretaria do Estado de Agricultura.

Sopelsa fez suspense, mas disse que pretende apresentar na interinidade um projeto de impacto.

– Gostaria de me permitir ainda não anunciar, mas tem um projeto que desde o meu primeiro mandato de deputado eu tentei aprovar. Se eu conseguir fazer isso nessa minha interinidade, valeu a pena toda minha vida só por esse projeto. Será econômico e social.

O emedebista confirmou que o colega de bancada Romildo Titon (Mdb) foi convidado por Moisés para assumir a pasta da Agricultura junto com sua posse no governo, mas disse que ainda não está definido.

– Convite do governador foi feito, resta agora essa decisão do Titon. Eu ficaria muito feliz se pudesse tê-lo na Secretaria da Agricultura para a gente fazer um trabalho junto nesses 30 dias.

A chegada de Sopelsa e Titon ao governo estadual em plena campanha eleitoral aponta para a intenção do governador Moisés, candidato à reeleição, de aprofundar a relação com o Mdb, maior partido da aliança governista, mas ainda arredio após a acirrada disputa interna que dividiu a legenda entre o apoio ao candidato do Republicanos ou a candidatura própria com Antídio Lunelli, que agora disputa a vaga de deputado estadual. Sopelsa admite que ainda existem sequelas desse disputa e que o Mdb não está ainda unido na campanha do governador.

A gente teve muita dificuldade, o Mdb sempre foi um partido de muitas discussões, opiniões das mais diversas. E a gente teve dessa vez um debate que gerou sequelas. Tenho que reconhecer isso e nos precisamos superar essa situação. Se nós não superarmos essa situação, é prejuízo para o partido. Cada um está fazendo sua parte para ver se a gente consegue reparar esse descontentamento que houve durante os debates e nós estarmos juntos. O partido é assim. Acredito que aos poucos a gente vai se unindo e vamos até o final da eleição estarmos juntos no projeto que o Mdb tem, que é junto com o governador Moisés – disse Sopelsa.

Por fim, Sopelsa disse que está preparado para ficar sem mandato a partir de 2023, mas sinalizou que pode estar à disposição de Moisés caso ele seja reeleito.

– Eu tinha combinado com um irmão meu que aquela seria minha última eleição (2018). Eu venho me preparado para poder chegar a este momento e poder ir para casa, não disputar mais eleição. Mas, como todos sabem, estamos em um pleito onde o meu partido tem um candidato. E, esse candidato vitorioso, com certeza não vou para casa botar pantufa. Pretendo continuar fazendo alguma coisa.

Além da entrevista com Sopelsa, o Plenário Podcast também teve a análise de Adelor Lessa e Upiara Boschi sobre os últimos números da pesquisa presidencial do Datafolha, que apontou queda de Lula (Pt) na liderança, Jair Bolsonaro (Partido Liberal) estável e a subida de Ciro Gomes (Pdt) e Simone Tebet (Mdb).

Ouça o Plenário Podcast na íntegra:


Sobre a foto em destaque:

Moacir Sopelsa na antesala da presidência da Alesc. Foto: Vicente Schmitt, Agência Al.

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