O governo Moisés vai abrandar a reforma da previdência, mas sem mexer nas principais polêmicas da proposta. Relatores dos textos nas comissões, Milton Hobus (Psd), Marcos Vieira (Psdb) e Volnei Weber (Mdb) aguardam a chegada das mudanças em gestação no Centro Administrativo. Na quarta-feira será apresentado o relatório conjunto.

Relator da reforma na Comissão de Finanças, o tucano Marcos Vieira foi entrevistado por mim e pelo jornalista Adelor Lessa na Rádio Som Maior na manhã desta segunda-feira. Segundo ele, “o governo vai flexibilizar um pouquinho, mas não muito. Ele está intransigente na maioria das questões”. Essa instransigência do deriva da confiança que existem votos para aprovar a reforma sem sustos, o que não impede negociação de alguns pontos, diz o tucano.

– Governo com maioria passa o trator. Hoje o governo tem maioria na Assembleia Legislativa, a ampla maioria dos deputados quer a reforma e muitos deles querem a reforma como foi encaminhada. Mas junto com os deputados Milton Hobus e Volnei Weber, nós temos conversado com o governo no sentido de abrir mão de pelo menos alguns itens importantes. Não tocar a reforma passando a patrola. Nós estamos negociando e governo vai abrir de algumas questões. Outras são cláusula pétrea, como a contribuição a partir de um salário mínimo, que é o que vai fazer a maioria da economia na reforma da previdência.

O governo deve encaminhar um substitutivo global ao projeto em que ameniza as novas regras pensão por morte e a transição para aplicação das idades mínimas.

– Gente que está a três ou quatro meses da aposentadoria ter que trabalhar mais cinco anos, eu não concordo – exemplifica Marcos Vieira.

Ouça a íntegra da entrevista:


Sobre a foto em destaque:

Marcos Vieira (Psdb) é relator da reforma da previdência na Comissão de Finanças. Foto: Bruno Collaço, Agência AL.

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