No primeiro turno, o Instituto Mapa elaborou as pesquisas que mais se aproximaram dos resultados da urna – indicando disparada das candidaturas de Jorginho Mello (Partido Liberal) e Jorge Seif (Partido Liberal) pelo atrelamento ao presidente Jair Bolsonaro (Partido Liberal) e o crescimento do petista Décio Lima na reta final, ameaçando a posição do governador Carlos Moisés (Republicanos), que acabaria ficando fora do segundo turno. Por isso, havia expectativa com os primeiros números do instituto neste segundo turno que reproduz em Santa Catarina o duelo nacional entre Bolsonaro e Lula (Pt).

A pesquisa contratada pela Jovem Pan News Florianópolis foi divulgada nesta quarta-feira e registra o amplo favoritismo de Jorginho Mello no segundo turno marcado para dia 30 de outubro. No entanto, traz uma nuance interessante: a vantagem de Jorginho sobre Décio é significativamente menor que a de Bolsonaro sobre Lula.

De acordo com o instituto, Jorginho Mello tem 61,3% das intenções de voto entre os catarinenses, contra 35,8% de Décio Lima, uma diferença de 25,5 pontos percentuais. A margem de erro do instituto não é fixa – nos índices apresentados fica ligeiramente abaixo de três pontos percentuais. Brancos e nulos são 1,4%, enquanto 1,5% não souberam responder. A rejeição, segundo o Mapa, é de 61,7% para Décio e de 29,9% para Jorginho.

Na corrida presidencial entre os catarinenses, Bolsonaro larga no segundo turno com 67,2% das intenções de voto contra 28,7% de Lula. Brancos e nulos são 2,5%, enquanto os indecisos somam 1,6%. A rejeição ao petista alcança 67,5%, enquanto a do presidente é de 28,7%.

Os números indicam a ampla vantagem e a popularidade de Bolsonaro entre os catarinenses, mas também apontam um cenário semelhante ao de 2018 para os candidatos bolsonaristas, mas uma situação um pouco menos desfavorável para os adversários. Naquela disputa, Bolsonaro alcançou 70,3% votos votos totais no segundo turno (75,% dos votos válidos, sem brancos e nulos), contra 22% do petista Fernando Haddad (24% dos válidos). Na disputa catarinense, Moisés, atrelado a Bolsonaro na época, teve 62,7% dos votos totais (71% dos válidos) contra 25,5% de Gelson Merisio (28,9%) dos totais.

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