Nas noites de quarta-feira eu respondo perguntas ao vivo no Jazz Inn, em uma conversa leve e bem humorada. Na edição desta semana da live transmitida pelo perfil @upiaraonline no Instagram, conversamos sobre temas como o que esperar do confronto entre o governador Carlos Moisés (PSL) e o senador Jorginho Mello (PL) na CPI, quem são os nomes cotados para disputar o Senado com apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), as chances de o MDB integrar uma aliança com PT e PSB, entre diversas outras questões respondidas durante pouco mais de uma hora de transmissão.
Entre todas as perguntas, separo o que foi enviada pelo vereador Flávio Buzzi (PSD), de Timbó.
Pergunta: Existe algum político (ou partido) que semelhante a Luiz Henrique possa aglutinar uma coligação vitoriosa já de largada?
Resposta: Não existe mais coligação vitoriosa de largada. O que eram as coligação que Luiz Henrique montou? Ele entendeu o cenário político de uma época em que cinco partidos reuniam 95% dos prefeitos e que quem tivesse apoio de três desses cinco partidos ganhava a eleição. Era um momento político em que os partidos tinham muito mais força para definir os rumos e os eleitos.
Isso pulverizou demais e a eleição de 2018 foi uma grande lição do eleitor aos partidos tradicionais de que não bastava fazer os ajuntamentos e entregar o prato feito ao eleitor, tinha que tentar entender o que o eleitor queria também. Foram apresentados dois candidatos (Gelson Merisio pelo PSD e Mauro Mariani pelo MDB) que não eram o que o eleitor estava procurando, duas coligações que não eram o que o eleitor estava procurando. Veio a Onda 17 e eles foram atropelados. A onda é uma boa desculpa, mas o Rio Grande do Sul teve Bolsonaro na frente no primeiro turno e o segundo turno de governador foi entre PSDB (Eduardo Leite) e MDB (José Ivo Sartori).
E aí? Não teve onda lá? Teve. Aqui os partidos erraram a mão. Muita gente diz que se o Luiz Henrique estivesse vivo em 2018, ele teria sido candidato a governador com Merisio ou Antonio Gavazzoni de vice, juntando Paulo Bauer (PSDB) e Raimundo Colombo (PSD) ao Senado. E eu digo: e perdia todo mundo junto. Tudo o que o eleitor não estava querendo era um ajuntamento de políticos. Além disso, depois de 2018 houve uma fragmentação partidária.
Temos novos atores como o Podemos, que tem o prefeito de Blumenau (Mario Hildebrandt), o DEM que tem prefeito da Capital (Gean Loureiro), o Novo lá em Joinville (Adriano Silva). Eram cinco partidos que a gente dava bola: MDB, Progressistas, PSD, PSDB e PT. Agora o arco é mais amplo. Não tem coligação vitoriosa desde o princípio. O mundo mudou, a política mudou um pouco. Não tem nova e nem velha política, mas ela vai se transformando.
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Toda quarta-feira, 19h, gravo no Jazz Inn uma live para o Instagram @upiaraonline