A aprovação da reforma da previdência na Assembleia Legislativa, que havia acontecido momentos antes, foi o principal tema da Live do Upiara no Jazz Inn, realizada nas noites de quarta-feira. Fiz uma avaliação sobre a base do governador Carlos Moisés e como foi construída a ampla vitória no plenário, apesar dos protestos dos servidores públicos – antecipando o tema da Análise Diária desta quinta-feira.
Além da reforma, respondi perguntas dos participantes da live sobre temas como as eleições 2022, as chances dos candidatos do Pl e a relação de Jorge Bornhausen com o filho Paulo Bornhausen e o pupilo Raimundo Colombo. Entre as perguntas feitas na live, destaco aqui a de Felipe Sani, sobre a possibilidade do prefeito Mário Hildebrandt (Podemos), de Blumenau, ser candidato em 2022.
Felipe Sani: O Podemos lançou Fabrício Oliveira, prefeito de Balneário Camboriú, como candidato a governador. O prefeito Mário Hildebrandt, de Blumenau, não seria um bom nome?
Upiara: Naturalmente, o prefeito de Blumenau tem mais peso político do que o prefeito de Balneário Camboriú. Embora na história recente tenha sido um ex-prefeito de Balneário Camboriú que chegou a a ser senador, vice-governador e governador, que foi o Leonel Pavan (Psdb), e Blumenau não tem conseguido. Desde Vilson Kleinübing (governador entre 1991 e 1994, morto em 1998 quando era senador) que não tem essa projeção. Napoleão Bernardes (ex-prefeito, renunciou ao cargo em 2018 para concorrer) tentou e ficou em terceiro como candidato a vice de Mauro Mariani (Mdb). Mas a questão do Mário Hildebrandt é mais complicada, mais do que a simples matemática de ser um prefeito de um colégio eleitoral maior do que do Fabrício Oliveira. É o fato de que o Fabrício é prefeito reeleito também, mas teve um mandato cheio e foi reeleito. O Mário herdou um mandato (de Napoleão, de quem era vice) reeleito. Então, se ele renuncia em abril de 2022 para concorrer, ele completa apenas quatro anos governando Blumenau.
Eu acho que ele precisa completar esse segundo mandato, precisa ter um mandato cheio. Aí ele cresce politicamente mais para a frente. Acho que não é o momento dele renunciar, até porque Blumenau ainda tem um pouco o trauma, o ressentimento da renúncia mal sucedida do Napoleão. Seria uma uma segunda aposta. Se o nome do Mário estivesse aí despontando, o Vale do Itajaí unido pela candidatura, algo como “o Vale quer Mário governador” e tal, aí era outra coisa. Mas a gente não está vendo nenhum movimento assim. Eu acho que o Mário é uma figura para o futuro. O que é importante neste momento para Mário Hildebrandt é que ele seja um bom influenciador. Tem até uma movimentação do Jean Kuhlmann, ex-deputado estadual, que foi filiado no Podemos e seria candidato a deputado federal com apoio do Mário. Se ele consegue emplacar o Jean Kuhlmann na Câmara dos Deputados, ele cresce de forma interessante. Acho que esse é o momento do Mário Hildebrandt ser cabo eleitoral, não de ser candidato, e mostrar força assim.
Veja a íntegra da live no Jazz Inn da última quarta-feira, 4/8/2021:
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Toda quarta-feira, 19h, gravo no Jazz Inn uma live para o Instagram @upiaraonline. Foto: Selfie.