Foi lançada, nesta quinta-feira, a Expo Paraguai e Brasil, que ocorre nos dias 21 e 22 de setembro. O evento reuniu autoridades dos dois países na Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc). Segundo o coordenador geral do evento, Junio Dantas, o foco da edição é a sustentabilidade e o cuidado com o meio ambiente.

O presidente da Facisc, Sérgio Rodrigues Alves, e o da Fundação Empreender, Jonny Zulauf, receberam o ministro paraguaio designado da Indústria e Comércio, Javier Gómez, a ministra da Embaixada do Paraguai em Brasília, Nímia da Silva, presidente da Câmara de Comércio Paraguai Brasil, Antônio Carlos dos Santos, o secretário de Articulação Internacional, Juliano Frohener, o secretário da Indústria de Comércio, Indústria e Serviço de SC, Silvio Dreveck, entre outros empresários e autoridades para dois momentos.

O primeiro evento foi um encontro para expor as intenções do governo paraguaio em relação ao Brasil e vice-versa. O presidente da Facisc, Sérgio Rodrigues Alves, disse que espera que essa aproximação traga frutos para Santa Catarina e para as empresas.

– Não somos concorrentes, pelo contrário, somos parceiros e precisamos estar unidos. Estamos de portas abertas para fortalecer os laços entre esses dois países que são irmãos.

Jonny Zulauf, presidente da Fundação Empreender afirma que a segurança jurídica é diferencial no Paraguai.

– Trocarmos experiências e propósitos em comum entre os nossos países, e em especial o nosso estado que está tão perto do Paraguai, traz novos horizontes aos negócios. Temos a necessidade sim de manter as relações entre fronteiras”. A Fundação Empreender já trabalha com este propósito há mais de 20 anos.

O secretário de Articulação Internacional do Governo do Estado, Juliano Froehner, afirma que a importância da aproximação entre Santa Catarina e o Paraguai está ligada ao agronegócio.

– Ampliarmos nossas relações é a possibilidade de trazermos de volta a rota do milho. SC tem um interesse muito grande em que o milho venha do Paraguai através da cidade de Paraíso. Esta é uma importante missão de vinda para estreitarmos laços. Já existe uma missão de volta para visitar o Paraguai organizada pela Apex, prevista para acontecer ainda este ano.

Segundo o secretário da Indústria de Comércio, Indústria e Serviço de SC, Silvio Dreveck, regiões do mundo todo se organizaram e América do Sul perdeu o timing.

– Esta iniciativa com o Paraguai é uma oportunidade de retomarmos os laços. É um país em pleno desenvolvimento, com políticas públicas e incentivos aos investimentos.

Javier Gimenez, ministro designado da Indústria e Comércio do Paraguai desde a eleição em abril, diz que o presidente Santiago Peña trabalha para estreitar alianças com o Brasil. Segundo o ministro, o futuro do Paraguai está na integração com o Brasil.

– O Paraguai é um país de oportunidades. Vocês ficarão surpreendidos com o que vão conhecer. É um povo bom de trabalhar. Para gerar empregos, precisamos manter impostos baixos, eficiência na gestão pública, valorização do setor privado para geração de empregos, e integração com outros países. Por isso é tão importante esta integração com a Facisc para gerar oportunidades para empresas catarinenses.

Milvo Zancanaro, vice-presidente Regional Oeste da Facisc, empresário que mantém negócios com empresas do Paraguai, explicou os passos para ampliar o mercado para o país vizinho.

– A facilidade de desenvolver os negócios no Paraguai é algo fantástico. Os resultados de produtividade são grandiosos. Além dos incentivos fiscais e tributários, temos uma proximidade com as autoridades paraguaias, desde o presidente, até ministros e a embaixada. A mão de obra de alta qualidade, treinável. Chegamos até lá através de missões empresariais com a Fundação Empreender.

Uma das vantagens enxergadas pelo setor no país vizinho seria a lei de Maquila. O regime de maquila permite às empresas importarem matérias-primas, maquinários e demais insumos necessários por meio de um sistema de admissão temporária, conforme o qual fica suspensa a cobrança dos tributos à importação.

Segundo Sebastian Bogado, Adito Comercial do Paraguai no Brasil, a lei possibilitou que muitas empresas brasileiras iniciassem o processo de internacionalização.

– A estabilidade e a previsibilidade são de vital importância para as empresas. Não somos perfeitos, mas estamos trabalhando para dar segurança às empresas, com incentivos fiscais e tributários. O regime de Maquila surgiu para exportação, mas as empresas também podem fazer o fornecimento para o mercado local.

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