A convenção nacional do Ptb surpreendeu ao homologar a candidatura presidencial do ex-deputado federal Roberto Jefferson, em prisão domiciliar desde janeiro deste ano por determinação do Supremo Tribunal Federal, no inquérito que investiga seu envolvimento com milícias digitais que têm como alvo ministros da instituição. O partido faz parte da base do presidente Jair Bolsonaro (Pl) e a expectativa – inclusive dos militantes da legenda nos Estados – era a composição pela reeleição. Participante da convenção, o presidente estadual do Ptb e candidato a senador Kennedy Nunes diz que a estratégia de lançar Jefferson ao Planalto é para ajudar Bolsonaro.
– Para ajudar o presidente nos debates, Roberto Jefferson será candidato também. A estratégia é não copiar o que foi feito nos países que a esquerda ganhou, já que eles dividiram o discurso contra um único da direita. Agora vamos ver se a justiça homóloga a candidatura dele – diz Kennedy.
Assim, a orientação do Ptb nos Estados continuaria sendo pelo voto em Bolsonaro.
Enquanto isso, em Santa Catarina, Kennedy aguarda a conclusão das negociações para composição da aliança com o Progressistas, do candidato a governador Esperidião Amin. Na quinta-feira, a convenção conjunta de Psdb e Cidadania decide o apoio a Amin, com a indicação de um tucano para a vaga de vice. Na convenção do Psdb, o ex-senador Paulo Bauer chegou a dizer que o partido deveria pedir também a vaga ao Senado e se colocou à disposição para concorrer. Kennedy, no entanto, diz que não topa coligação com mais de uma candidatura ao Senado.
– Nossa posição é clara: vaga exclusiva. Recusamos do Pl e do União a possibilidade de ser o segundo senador.
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Rodolfo Espínola, Agência Al.