A promessa de campanha do governador Jorginho Mello (PL) de criar uma versão catarinense do Pronampe deve sair do papel em breve. A proposta está passando pelos ajustes finais dentro do governo do Estado para ser, enfim, enviada para análise da Assembleia Legislativa de Santa Catarina. A confirmação partiu do presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, João Paulo Kleinübing durante entrevista aos jornalistas Adelor Lessa, Upiara Boschi e Maga Stopassoli, nesta terça-feira, na rádio Som Maior.
O presidente afirma que a garantia dos recursos está concluída – são R$ 150 milhões reservados para operações que devem girar, em média, R$ 50 mil, priorizando liberação de crédito para capital de giro, aquisição de insumos, e de pequenos instrumentos.
– O que afasta o pequeno empreendedor do crédito? Muitas vezes é a inexistência de garantias real para poder oferecer na operação. Faremos apenas com fundo de aval, tanto BRDE quando Badesc para facilitar realmente a obtenção do crédito. E fazer isso muito, no nosso caso, através das cooperativas para ganhar capilaridade.
O que falta agora, segundo Kleinübing, é finalizar o projeto de lei que cria o programa. Entre os pontos, as condições de operação para que seja factível. Para atrair o pequeno empreendedor, o banco trabalha com fundos de aval e juros nulos. Ainda, uma plataforma de crédito para facilitar a liberação aos empresários deve ser criada em janeiro.
– Temos condições de fazer a equalização dos juros nós mesmos, o BRDE, em razão de uma alteração tributária sem necessidade de o governo aportar recursos no banco. Então faríamos a operação com juros zero ao longo dos quatro anos sem necessidade de aporte de recursos da Fazenda.
Kleinübing, que nas eleições do ano passado coordenou a campanha de Gean Loureiro (União Brasil) e estava filiado ao mesmo partido, desconversa sobre a possibilidade de não ver em prática o plano em ação – para concorrer em 2024. Segundo ele, o ano que vem está longe, “uma eternidade”, e que uma candidatura seria uma “decisão conjunta” ainda a ser tomada. Ele diz, no entanto, que as conversas com o governador e presidente do PL em Santa Catarina Jorginho Mello existem para que se junte aos Liberais.
– Hoje eu não tenho filiação partidária. Há uma discussão sobre a lei das estatais acabar criando restrições para atividades político-partidárias por ocupantes de cargos em empresas estatais. Acabei me afastando do partido nesse sentido. Tenho conversado com o governador Jorginho Mello, sim [Sobre convite ao PL]. É uma decisão conjunta que vai ser tomada.
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