O senador e candidato ao Governo do Estado Jorginho Mello (Partido Liberal) protocolou, nesta quarta-feira, uma notícia-crime e ação de danos morais contra o governador Carlos Moisés (Republicanos) em razão das declarações feitas por ele durante o debate ocorrido na noite de terça-feira. Moisés acusou o senador de tê-lo procurado, no início do mandato, para que preservasse um contrato. Segundo ele, um documento cuja revisão resultou na redução de valores de R$ 100 milhões para R$ 50 milhões
– Bom, já que você quer que eu fale a verdade. A Casan está em boas mãos, o Estado está investindo, são 3 bilhões na Celesc, investimentos altíssimos na Casan. Porque nós temos integridade, cuidamos dos contratos públicos. Diferentemente de você, que me procurou para eu não mexer em um contrato público que eu revisei, e economizei. Era R$ 100 milhões por ano, baixou para R$ 50 milhões. – disse o governador na ocasião.
Durante caminhada em Criciúma, Moisés completou a denúncia ao afirmar que o documento em questão era do sistema prisional.
– Eu o recebi, achando que era outra pauta, e ele questionou uma mudança de contrato que faríamos em relação ao sistema prisional. Se não me falha a memória, era o contrato de Lages. E disse para ele que iria fazer o melhor para o povo catarinense. A resposta não agradou, a gente trocou e a economia veio -.
A denúncia requere indenização por danos morais “em virtude de ofensa à honra”. O valor seria pago a instituições de caridade. Também prescreve a investigação, por parte do Ministério Público Eleitoral, por delito de calúnia eleitoral, previsto no artigo 324 do Código Eleitoral.
Ainda na quarta-feira, o também candidato à Casa d’Agronômica Esperidião Amin (Pp) decidiu se juntar ao embate. O pepista apresentou notícia-crime contra Jorginho Mello para que o Ministério Público do Estado de Santa Catarina apure a denúncia. Se confirmado, pode configurar crime contra a administração pública estadual. Se descartado, configura crime de calúnia imputado a Carlos Moisés.
– Se Moisés estiver certo, Jorginho cometeu o crime de advocacia administrativa. Se estiver errado, Moisés cometeu o crime de calúnia. Ambos devem explicações aos catarinenses -, afirmou Esperidião.