Joares Ponticelli (Pp) não desistiu de ver Progressistas (Pp) e Pl juntos nas eleições para governador em 2022 e acredita que pode ser o elo para o difícil entendimento entre os senadores Esperidião Amin (Pp) e Jorginho Mello (Pl). Também pré-candidato ao governo, o prefeito de Tubarão disse na live Parlatório que vai trabalhar “diuturnamente” que haja acerto entre os dois projetos que rivalizam na raia bolsonarista em Santa Catarina.

Eu vou estar trabalhando diuturnamente para que Pp e Pl estejam juntos. Eu acho que nós temos muito mais pontos convergentes do que divergentes – defendeu Ponticelli.

A filiação de Bolsonaro ao Pp pode auxiliar Amin na disputa pelo governo, mas o pré-candidato Jorginho Mello trabalha desde 2019 para conquistar a base bolsonarista. Em agosto, o senador pegou carona de Bolsonaro e andou de moto pelas ruas de Florianópolis durante a motociata realizada pelo presidente. Em setembro, Jorginho enfrentou o senador Renan Calheiros (Mdb) em defesa do empresário bolsonarista Luciano Hang, na Cpi da Covid. Amin também tem colado em pautas importantes para Bolsonaro, como a defesa do voto impresso e a pressão para que o Senado vote a indicação de André Mendonça para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (Stf). Ponticelli entende que se Bolsonaro confirmar a filiação ao Pp ganha força a candidatura de Amin, inclusive em relação a sua própria intenção de concorrer ao governo.

Evidente que a vinda do Bolsonaro ao nosso partido acaba por fomentar ainda mais uma eventual candidatura dele, porque ele tem uma história pessoal com o presidente Bolsonaro. Eles conviveram no parlamento por muito tempo, convivem ainda por ele é senador – explicou Ponticelli, que garantiu total apoio ao correligionário se ele for candidato.

Ponticelli tem dado sinais de que vai desistir da candidatura majoritária em 2022 e completar o segundo mandato como prefeito de Tubarão. Questionado se foi atrapalhado pela possibilidade de Amin ser candidato, ele poupa o senador – mas mira setores do partido, especialmente a bancada de deputados estaduais. Reforçou que é prefeito do maior município governado pelo partido no Estado e que esperava maior atenção dos parlamentares.

Eu não me considero fritado. Eu sabia que não iria ser tão fácil assim. Honestamente, de algumas lideranças eu esperava um pouco mais, mais entusiasmo e defesa desse projeto. Me parece que algumas lideranças não tem tanto alinhamento, como imaginei que isso iria acontecer – afirmou Ponticelli.

Mesmo apostando a filiação de Bolsonaro pode fortalecer uma eventual candidatura Amin, o prefeito defende mais parcerias para a disputa ao governo em 2022. Ponticelli acredita que o cenário de 2018 não se repetirá e quem tiver o apoio do presidente precisará correr atrás de outros apoiadores para garantir a vitória.

Já perdemos várias eleições por falta de parceiros e composição. Nós não temos mais tempo e já erramos muito por tentar eleições em voo solo. Deixamos de atrair parceiros e um esforço tem que ser feito para termos uma candidatura viável – ressaltou Ponticelli.

É nesse sentido que ele defende um entendimento com o Pl de Jorginho Mello, que una as pré-candidaturas que almejam conquistar o eleitorado bolsonarista do Estado. Admitiu, inclusive, que pode ser candidato a vice-governador para viabilizar um entendimento.

O Jorginho seria um bom parceiro. Não vejo nenhuma dificuldade de composição com ele e com o partido dele por conta de um histórico de boas relações. Ele estruturou bem o seu partido, o próprio mandato dele é um mandato de visibilidade. As relações estreitas que ele tem com o presidente Bolsonaro também ajudam nesse processo. Nossa base é muito bolsonarista também – comentou Ponticelli.

Ao mesmo tempo, o prefeito também citou outras opções de alianças possíveis para o Pp, especialmente o ex-governador Raimundo Colombo (Psd) e o prefeito Gean Loureiro (Democratas, futuro União Brasil).

Veja a íntegra da Live Parlatório:


Sobre a foto em destaque:

Joares Ponticelli em sessão especial na Alesc. Foto: Daniel Conzi, Agência AL.

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