No dia seguinte ao anúncio do prefeito Clésio Salvaro (Psdb) de que não vai renunciar ao cargo em Criciúma para ser vice na chapa de João Rodrigues (Psd), o prefeito chapecoense deu sinais de que também abandonará a disputa. A decisão deve ser comunicada na quarta-feira, após reunião com lideranças do Psd em Florianópolis. Entrevistado no quadro Plenário, na Rádio Som Maior, na manhã desta terça-feira, ele disse entender, mas lamentou a decisão do tucano.
– Quando o partido me chamou para ser candidato, eu aceitei. E quando o encontro foi com o Psdb, eu falei que queria ir com o Clésio. Mas, já na sexta-feira ele comunicou que não iria. Eu entendo perfeitamente. É uma pena porque poderíamos dar a nossa contribuição para o Estado. Eu mantenho minha intenção até amanhã. Me dá uma vontade gigante de encarar essa eleição. Amanhã eu defino se sou candidato de verdade ou se vamos adiar para daqui quatro anos.
Em caso de candidatura, João Rodrigues garantiu que existem bons nomes para a vaga de vice, mas preferiu não citá-los. Na sexta-feira, também em entrevista à Som Maior, ele disse que só seria candidato se fosse com Clésio como parceiro.
– Surgiram alguns nomes. Não quero desprezar ninguém, mas quero conversar primeiro para avaliar como seriam essas composições. Quero conversar com essas pessoas amanhã. Com relação ao perfil do Clésio, há uma safra de ótimos prefeitos em Santa Catarina. O momento era bom pra nós. A mexida que deu na política nessa semana foi pela posição dos nomes. Mas, sim, tem excepcionais nomes que querem participar do projeto.
A definição, se será candidato ou não, passa por uma conversa com o partido, embora tenha confirmado que irá ouvir o empresário Luciano Hang, das Lojas Havan. A chapa ideal do pessedista tinha o prefeito de Criciúma como vice e o empresário bolsonarista como candidato ao Senado. Em sua fala, João Rodrigues indicou que não acreditar que Luciano Hang dispute mesmo as eleições.
– Minha definição é com o partido. O Luciano parece que já tem uma posição formada. Então, irei sentar com meu partido, com os personagens da política estadual, e vou conversar com o Luciano. Eu não estou em campanha ou em busca de uma candidatura. Eu estou ouvindo todos para tentar construir um projeto.
Questionado sobre se o melhor rumo para o Psd caso não seja candidato é lançar o ex-governador Raimundo Colombo (Psd) ou escolher entre apoiar o prefeito Gean Loureiro (União), de Florianópolis, ou o governador Carlos Moisés (Republicanos), João Rodrigues evitou antecipar uma posição. Sinalizou, no entanto, rejeição a uma composição com o senador Jorginho Mello, pré-candidato do Partido Liberal, o mesmo do presidente Jair Bolsonaro.
– Vamos ver se Raimundo Colombo será candidato ou não. Eu prefiro conversar. Tive a oportunidade de construir uma chapa e tenho ainda essa oportunidade até amanhã. Vamos aguardar esse movimento, pois eu não ando sozinho. Santa Catarina só não pode cometer o erro de votar em onda, ou seja, não vote em mim só porque sou Bolsonaro. Mas, votem pela história dos candidatos. Vamos construir juntos esse modo alternativo para o Estado.
Ouça a íntegra da entrevista:
Sobre a foto em destaque:
No sábado, João Rodrigues discursou como pré-candidato em evento marcado para comemorar seu aniversário de 55 anos. Foto: Facebook de João Rodrigues.