Com longa carreira política, marcada por grandes períodos “emendando” mandatos, o ex-prefeito de Florianópolis Gean Loureiro (União Brasil) não esconde que deseja voltar a disputar o governo do Estado de 2026. Quarto colocado na disputa deste ano, ele participou da Live do Upiara, quando avaliou o próprio desempenho na corrida eleitoral e seu futuro político, além do que se espera dos partidos de centro após 2023.

Sem mandatos eletivos e com a presidência do União Brasil em Santa Catarina, Gean classifica como “tempo para poder fazer política” a disponibilidade para traçar as estratégias do partido e dele próprio para as eleições municipais de 2024 e 2026. No caso de Florianópolis, cidade em que o ex-prefeito obteve melhor resultado na disputa pelo governo estadual, ele reforçou o desejo de apoiar a reeleição do prefeito Topázio Neto (Psd), que foi seu vice em 2020 e herdou o cargo. Gean acredita que a próxima disputa será semelhante à que venceu em primeiro turno, com uma candidatura do Partido Liberal ocupando o espaço que era de Ângela Amin (Progressistas) e o deputado estadual eleito Marquito (Psol) como aglutinador das forças de esquerda.

– Agora novamente temos uma esquerda que, se permanecer unida, terá uma candidatura forte que busca estar no segundo turno. Provavelmente teremos um candidato de direita, mas de um espectro diferente, provavelmente do Pl, apoiado pelo governador [eleito Jorginho Mello]. E também candidatos que não se elegeram, mas tiveram boas votações, como é o caso de Bruno Souza (Novo) e o Pedrão (Progressistas). Tudo é uma conjuntura de uma conversação política que ando participando, que no nosso grupo tem o nome do Topázio como principal.

Gean diz manter o sonho de governar o Estado, mas diz que uma nova candidatura está condicionada ao contexto político futuro. Relembra a derrota de 2012, quando perdeu a disputa pela prefeitura da Capital para César Souza Junior (Psd) e acredita que, desta vez também saiu “maior do que entrou”.

– Venci um desconhecimento que todo o interior do interior do Estado tinha de mim. Mesmo tendo alcançado mais de 550 mil votos, até aqueles que não votaram visualizaram minha campanha. Óbvio que tivemos duas ondas nesta eleição: a do Bolsonaro e de Lula, que cresceu muito. [Não estando alinhado com nenhum] me impediu de alcançar uma votação maior. Acho que dei passo na minha vida política que precisava ser dado. Se eu não tivesse disputado essa eleição agora, em 2026 teria que começar tudo do zero.

Por enquanto, o foco está na liderança partidária para dar robustez ao União Brasil em 2024, viabilizando, dessa forma, o objetivo de ocupar a Casa d’Agronômica.

Veja a íntegra da Live do Upiara com Gean Loureiro:

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