Propostas que revoguem mudanças implantadas na reforma da Previdência, tanto em âmbito estadual quanto federal, representam grave retrocesso. Essa é a posição da Federação das Indústrias (Fiesc), em avaliação feita pelo presidente da entidade, Mario Aguiar. Para a instituição, a reforma, aprovada pela Assembleia Legislativa há um ano, foi um ato de responsabilidade com as contas públicas, fundamental para garantir o pagamento das atuais e futuras aposentadorias.
– A Previdência não pode se transformar num entrave ao desenvolvimento, consumindo recursos do contribuinte de maneira desmedida. Assegurar que não haja retrocesso nesse sentido é importante também para garantir investimentos do setor público em áreas essenciais, como saúde, educação, infraestrutura e segurança pública, atualmente em níveis muito abaixo das demandas da sociedade – avalia o dirigente empresarial.
Na terça-feira, em ato organizado por entidades sindicais, o candidato a governador Décio Lima (Pt) defendeu a revogação da cobrança da taxa de 14% dos aposentados do Estado que recebem entre um salário mínimo (R$ 1.212) e o teto do Inss para a iniciativa privada (7.087,22). Até a reforma aprovada ano passado pelo governo Carlos Moisés (Republicanos) na Assembleia Legislativa, só eram taxados os aposentados que recebessem valores acima do desse teto.
– Esperamos que o debate eleitoral sobre o tema seja conduzido com a mesma responsabilidade com que o Estado e o País avançaram nos últimos anos, com as reformas adotadas – completou Mário Aguiar.
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Mário Aguiar, presidente da Fiesc. Foto: Elis Pereira, Fiesc.