Em mensagem enviada em vídeo para o grupo de prefeitos e vice-prefeitos do Mdb catarinense, o prefeito Jorge Koch, de Orleans, subiu o tom na defesa da aliança do partido com o governador Carlos Moisés (Republicanos) e nas críticas ao pré-candidato da legenda ao governo, o ex-prefeito Antídio Lunelli, de Jaraguá do Sul. Segundo ele, “o Mdb está fazendo uma política suicida” ao manter a pré-candidatura após 82 prefeitos, a bancada do partido na Assembleia Legislativa e os dois ex-governadores terem participado do jantar em apoio à reeleição do governador.
Jorge Koch, que também é presidente da Fecam, criticou ainda os encontros de Antídio Lunelli com o deputado estadual Júlio Garcia e o ex-secretário Eron Giordani, ambos do Psd, e com o senador Esperidião Amin (Progressistas), rival histórico do Mdb catarinense.
– Estivemos na casa do governador por livre e espontânea vontade, onde nos reunimos com 82 prefeitos, 28 vice-prefeitos, 10 deputados estaduais e os dois ex-governadores. E me parece uma brincadeira de criança, eu te empurro e tu me empurra, já no dia seguinte o nosso pré-candidato Antídio Lunelli procura o Psd para fazer uma fotografia e colocar em toda a imprensa como uma reação (…) Em vez de o Antídio aglutinar, buscar parceiros reais para sua candidatura, busca primeiro o Psd que já está coligado com Gean Loureiro (União). Semana retrasada, também em outro ato de retaliação, procura o ex-governador Esperidião Amin, o nosso ad aeternum (do latim, eternamente) inimigo na política catarinense. Então, que política fraticida é essa? Onde queremos chegar?
O prefeito de Orleans também criticou o evento marcado para 11 de junho, em Curitibanos, de lançamento da pré-candidatura de Antídio ao governo.
– Estivemos lá com toda a vontade de coligar, ser vice-governador e Senado na chapa do Republicanos. É isso que está acontecendo. Não adianta a gente continuar insistindo com duas candidaturas: o Moisés que é o candidato de preferência nossa e o Antídio Lunelli, do Mdb, que quer fazer essa reunião dia 11. Reunião dia 11 para quê? Que lançamento de candidatura é esse se a base dos prefeitos, dos deputados, não querem estar com um candidato que vai levar com certeza o Mdb à derrota.
Em determinado momento do vídeo, Koch compara a situação de Antídio com as lideranças do Mdb com a candidatura presidencial do ex-governador paulista João Dória (Psdb). Nesta semana, o tucano anunciou a desistência de concorrer diante da falta de respaldo das lideranças do Psdb para a empreitada.
– Eu creio que está na hora de fazer o que o Dória fez. O Dória não tem apoio, não tem respaldo nem do partido e nem da população e renunciou à sua condição de candidato. Eu espero que neste momento pare de fazer essa política fratricida, onde 82 prefeitos procuram o governador para uma conversa e o nosso candidato procura os nossos adversários. Tanto com Psd, quanto com Pp, não vamos a lugar nenhum.
Koch conclamou os demais prefeitos do grupo que estiveram na reunião na Casa d’Agronômica a também gravarem vídeos declarando apoio à reeleição de Moisés, “em qualquer situação” como forma de pressionar Antídio Lunelli e o presidente estadual Celso Maldaner.
– Nosso partido pode se acabar nestas eleições pela teimosia de dois ou três. A grande maioria quer estar aqui, mas tem dois ou três agora, por birra, que querem levar para uma reunião fratricida no dia 11.