Diante da repercussão negativa da frase dita ao Estadão de que seria contra o projeto que limita a 17% o Icms cobrado pelos Estados sobre combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte coletivo, o senador Jorginho Mello (Pl) apressou-se em “desfritar o ovo”. Em vídeo gravado no início da noite de ontem e distribuído através de redes sociais e listas de transmissão, ele garante que sempre foi “a favor da redução da carga tributária” e que vai “votar favoravelmente à redução do Icms em todos os Estados”.

– Quero ajudar na redução do preço dos combustíveis – disse Jorginho.

Em nenhum momento do vídeo o senador diz que houve erro ou imprecisão na fala reproduzida na Coluna do Estadão na última sexta-feira, em que ele se referiria à condição de pré-candidato ao governador para dizer “vou ser governador, então não quero que diminua a alíquota”. Segundo a assessoria de imprensa de Jorginho, houve uma falha de comunicação com a reportagem do jornal paulistano. A publicação do Estadão gerou desgaste com a militância bolsonarista, defensora do projeto aprovado na Câmara dos Deputados para limitar as alíquotas de Icms dos produtos, transformando-os em itens essenciais.

A proposta tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro (Pl), mas enfrenta dificuldades no Senado, por pressão dos Estados. A perda em arrecadação é estimada em R$ 100 bilhões para todos os governos estaduais e do Distrito Federal. Em Santa Catarina, a alíquota sobre combustíveis e energia elétrica é a menor praticada no país, 25%. Em 2021, o Estado arrecadou R$ 1 bilhão a mais apenas com os dois itens por causa do aumento de preço dos produtos.

Veja o vídeo na íntegra:

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