Após quase 48 horas de bloqueios nas rodovias catarinenses por manifestantes que contestam a vitória ao presidente eleito Lula, as entidades econômicas do Estado expressaram, em diferentes tons, preocupação com os reflexos a saúde financeira do Estado.
Em nota curta, a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) mencionou a necessidade do setor empresarial de “escoar a produção e garantir a matéria-prima”.
– A FIESC manifesta a sua preocupação com o momento que vivenciamos. Entendemos que o Brasil precisa buscar uma conciliação nacional. Reiterando o nosso compromisso com a livre iniciativa e com o direito de expressão e de manifestação, entendemos que devem ser preservados o direto das pessoas de ir e vir e das empresas de escoar a produção e de garantir matéria-prima. O bom-senso deve prevalecer -.
Já a Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) foi mais contundente nas críticas às manifestações que “impedem o trânsito livre e trazem enormes prejuízos ao Brasil e a Santa Catarina”, classificando os atos como “inaceitáveis” e focando no cerceamento do direito de ir e vir.
A nota, na íntegra:
A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) vem a público lamentar a forma como estão sendo feitas as manifestações que impedem o trânsito livre e trazem enormes prejuízos ao Brasil e a Santa Catarina. O bloqueio das estradas é inaceitável, prejudica toda a nação e não condiz com o estado democrático no qual vivemos. A entidade reprova qualquer tipo de bloqueio.
A Facisc espera a total liberação das vias para garantir o abastecimento das cidades, o fluxo da economia e que o direito de ir dos cidadãos seja garantido.
O respeito aos resultados das eleições e à escolha da maioria é imprescindível para que nosso país continue a crescer e se desenvolver, para que possamos seguir como a grande nação que somos.
A Facisc reforça o direito à liberdade garantido por lei a todo o cidadão. Destaca o direito à liberdade de expressão e à liberdade de ir e vir, que unidos ao princípio de liberdade econômica, formam um pilar importante da nossa democracia.