O governador Carlos Moisés (sem partido) estava tão à vontade em Praia Grande, no Sul do Estado, em evento para o lançamento da licitação da pavimentação da Serra do Faxinal (SC-290), que até se permitiu uma referência pouco sutil sobre a candidatura à reeleição em 2022. Cercado de por secretários e deputados estaduais, ele discursou poucas horas depois de o Ministério Público de Santa Catarina apresentar a denúncia sobre o caso dos respiradores fantasmas e fez uma defesa enfática da própria gestão.
– Este é o governo em que a população acreditou: diminuir o tamanho do Estado, fazer economia, não jogar dinheiro fora e fazer o dinheiro chegar na vida das pessoas. É isso exatamente que nós estamos fazendo. Então, não tem mais volta. Santa Catarina nunca mais será a mesma na gestão pública estadual. Mesmo que não me deem mais tempo, mas acho que vão me dar – afirmou.
Estavam presentes os deputados Rodrigo Minotto (Pdt), Paulinha (sem partido), Zé Milton Scheffer (Progressistas) e Volnei Weber (Mdb) – todos discursaram com referências elogiosas ao governo Moisés. Minotto chegou a dizer que “hoje o maior líder do nosso Estado de Santa Catarina é o governador Carlos Moisés”. Paulinha – expulsa do Pdt de Minotto por ter aceito ser líder do governo em 2020 – disse que obras como a pavimentação da Serra do Faxinal estão saindo do papel porque “em 2019 um governo decidiu que nós não teríamos mais corrupção, excesso de gastos, cabides de emprego”.
O trecho do discurso de Moisés foi reproduzido na manhã desta quinta-feira na Rádio Som Maior e comentado por mim e pelo jornalista Adelor Lessa. Ouça:
Sobre a foto em destaque:
Ato de lançamento da licitação para pavimentação da Serra do Faxinal virou uma espécie de lançamento da candidatura à reeleição do governador Carlos Moisés. Foto: Júlio Cavalheiro, Secom.