O interlocutor de Lula em SC
Maior que o próprio Pt, a candidatura do ex-presidente Lula em 2022 é o trunfo que o petistas catarinenses têm para estancar a sangria… ops, melhor usar outra expressão… para acabar com a sequência de maus resultados eleitorais do partido desde 2006 no Estado. É avaliação corrente que com a candidatura presidencial do líder petista, o partido terá condições de manter e até aumentar levemente as bancadas estadual e federal, além de ter algum protagonismo na disputa pelo governo. O interlocutor principal de Lula no Estado é, claramente, o ex-deputado federal Décio Lima, candidato ao governo em 2018. Na terça-feira, ele esteve em São Paulo para repassar ao ex-presidente informações sobre a conjuntura política de Santa Catarina, assuntos relacionados às chapas de deputados estaduais, federais e política de alianças. Décio é pré-candidato ao governo.

Foto: Ricardo Stuckert, Divulgação.
“Eu tenho, você não tem”
O governador Carlos Moisés (ex-Psl) ganhou mais um argumento de comparação de gestões com ex-governador Raimundo Colombo (Psd). Na terça-feira, lançou um programa de construção de moradias populares com previsão de gastar R$ 100 milhões entre este ano e o próximo. O programa sairá do papel por meio de uma parceria com as prefeituras, que ficarão responsáveis pela doação dos terrenos e a execução dos trabalhos. No governo Colombo foi extinta a antiga Cohab, com o argumento de que o Minha Casa, Minha Vida, programa federal dos governos petista, dava conta do recado sozinho.
Aliás
A Cohab não fez falta mesmo. Talvez para o Mdb do Sul só.
Pedra 90
Na conversa com o presidente nacional do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira (São Paulo), o governador Carlos Moisés (ex-Psl) chegou a dizer que precisaria ter o controle do partido em Santa Catarina porque o atual presidente estadual, deputado estadual Sérgio Motta, votou a favor dos dois processos de impeachment contra ele. O clima ficou chato porque manter o controle do partido nas mãos do bispo da Igreja Universal é condição inegociável.
Cardápio manjado
Presidenciável tucano
Nesta quarta-feira os tucanos catarinenses recebem a visita do terceiro pré-candidato inscrito nas prévias do Psdb para presidência da República. O ex-senador e ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio é o azarão na disputa polarizada entre os governadores Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e João Dória (São Paulo) e chegou a se emocionar no debate promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico na terça-feira ao falar sobre as origens do partido e o futuro do Brasil. Aqui no Estado, por enquanto, nenhuma liderança declarou apoio a sua candidatura.
Presidenciável do Novo
Semana que vem será a vez do pré-candidato do Novo à presidência aportar em Santa Catarina. O cientista político Luiz Felipe D’Ávila estará em Florianópolis na próxima terça-feira, 26, e em Joinville no dia 27, dando sequência a sua agenda “Brasil: a via liberal”, que prevê encontros com a base do partido pelo país para construir uma proposta liberal para as eleições de 2022. D’Ávila já teve experiências em Santa Catarina, quando no comando do Centro de Liderança Pública participou de um projeto experimental de qualificação de gestão em sete prefeituras catarinenses – organizado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico nos tempos de Paulo Bornhausen (Podemos), no primeiro mandato do governo Raimundo Colombo (Psd). Em 2018, o cientista político teve o apoio de Geraldo Alckmin na prévia do Psdb para candidatura a governador em 2018, quando foi derrotado por João Dória. Agora, foi convidado pelo Novo para participar do processo seletivo para a vaga de presidenciável – que inclui visita às bases pelo país.
Bom filho

Foto: Daniel Conzi, Agência AL.
O prefeito criciumense Clésio Salvaro (Psdb) matou a saudade do plenário da Assembleia Legislativa na terça-feira. Ele conhece bem a mesa diretora, já foi primeiro vice-presidente entre 2007 e 2008. O presidente, aliás, era Júlio Garcia (Psd), a seu lado na foto.
Os caminhões de Peninha
O deputado federal Rogério Peninha (Mdb) vai entregar semana que vem 24 caminhões basculantes traçados para municípios da sua base política. O ato será no Parque da Cebola, em Ituporanga, cidade onde o deputado iniciou sua trajetória política na década de 1980. Os recursos para a aquisição da frota foram articulados pelo emedebista junto ao Ministério da Agricultura. Como há contrapartida do Estado, o governador Carlos Moisés (Psl) também deve participar do ato.
De motinho para a Cpi

Instagram, Reprodução
Jorginho Mello torceu o pé e arranjou uma forma alternativa de se deslocar pelos longos corredores do Senado. A experiência nas motociatas de Jair Bolsonaro (ex-Psl) deve ter ajudado. Na terça-feira, ele assinou uma nota de repúdio à condução da Cpi da Covid, presidida pelo senador Omar Aziz (Psd do Amazonas) e relatada por Renan Calheiros (Mdb de Alagoas). O documento leva as assinaturas dos demais senadores governistas, Marcos Rogério (Democratas de Rondônia), Eduardo Girão (Podemos do Ceará) e Luiz Carlos Heinze (Progressistas do Rio Grande do Sul). No texto, eles dizem que “cegueira ideológica” protegeu governadores e prefeitos das investigações.
Para quê comissão?
A Assembleia Legislativa criou esta semana uma comissão mista para tratar dos reajustes salariais dos servidores públicos estaduais. Considerando que o trabalho da comissão mista do plano de carreira do magistério foi pouco considerado na proposta enviada pelo governo na terça-feira, talvez fosse o caso de poupar trabalho, tempo e saliva.