Dário estica o prazo para Mdb dizer se o quer
Foi o próprio senador Dário Berger que criou a expectativa sobre esta segunda-feira, dia 20 de dezembro, ao colocar a data como prazo limite para o Mdb dizer se quer ou não que ele seja candidato ao governo estadual ano que vem. Pois o dia 20 chegou e ninguém no Mdb disse nada. Liguei para o deputado federal Celso Maldaner, presidente estadual do partido, que voltou a dizer que o diretório é soberano. A última reunião da executiva manteve a data de 19 de fevereiro para realização da prévia entre Dário, Celso e o prefeito jaraguense Antídio Lunelli. O deputado federal preferiu não conceder entrevista. Liguei, então, para Dário Berger. No retorno, o senador – bem-humorado – disse que ia aproveitar o clima de recesso para esperar mais uns dias pela resposta que pediu ao Mdb estadual. Separei algumas frases do senador na nossa breve conversa:
“Eu dei o prazo até o dia 20 para eles responderem. Eu pedi que eles me dessem uma resposta que seja sim ou que seja não. Eu preciso de uma resposta e eles tem que ter a hombridade, honrar as calças que vestem, e se for para dizer não que digam para mim que não querem.”
Dário Berger, cobrando a resposta.
“Eu vou aguardar mais uns dois, três dias, tem o Natal agora. Todo mundo aproveitou para se esconder, só eu que estou na linha diferente. Então, é mais prudente que eu, que eu aguarde mais dois, três, quatro, cinco dias, uma semana. Mas certamente no início do ano que vem essa decisão será tomada.”
Dário Berger, alongando o prazo.
“Eu não sou de esquerda, mas eu sou um moderado com o espírito voltado as classes menos favorecidas. Quando eu fui prefeito em Florianópolis, eu vim de fora para dentro. Eu fiz uma operação inversa do que todos os gestores anteriores fizeram, o que era investir no centro da cidade, na Avenida Beira-Mar.”
Dário Berger, sobre liderar uma frente de esquerda pelo Psb.
Certamente eles percebem em mim alguém que possa liderar um projeto de centro, moderado, voltado às questões sociais que se agravaram com a pandemia e que certamente precisam de uma mão estendida do governo. Ficaria muito honrado de poder representar a esquerda e o centro também, porque eu me considero um cara de centro, mas voltado para a esquerda.
Dário Berger, cambando à esquerda, como dizem aqui na ilha.
MP Eleitoral gaúcho quer Hang inelegível
Uma das perguntas mais intrigantes da política catarinense hoje é se o empresário Luciano Hang, das Lojas Havan, vai ser mesmo candidato ao Senado em 2022. Se depender do Ministério Público Eleitoral no Rio Grande do Sul, essa pergunta vai sofrer uma adaptação: Hang poderá ser candidato em 2022. Se a eleição fosse hoje, poderia, claro. Mas o Mp Eleitoral gaúcho que que o empresário seja condenado por abuso do poder econômico nas eleições de 2020 e que se torne inelegível por oito anos. Isso tudo porque quatro dias antes das eleições do ano passado, Hang fez um vídeo com o então candidato a prefeito de Santa Rosa (Rio Grande do Sul), Anderson Mantei (Progressistas), em que teria condicionado a abertura de uma Havan na cidade à vitória dele contra o adversário petista Orlando Desconsi.
Abuso de poder econômico
“O abuso do poder econômico está exatamente no vínculo que estabeleceu o investigado Luciano Hang entre a instalação de sua empresa e os partidos e candidatos em disputa para o pleito do município de Santa Rosa”, diz o parecer assinado pelo procurador regional eleitoral José Osmar Pumes e pelo procurador eleitoral auxiliar, Fábio Nesi Venzon. A argumentação foi rejeitada em primeira instância, mas o MP Eleitoral recorreu ao Tribunal Regional Eleitoral (Tre-RS). Leia a história toda na Zero Hora.
Já pensou?
Não é de se duvidar que o caso vá parar no Tse ano que vem.
Estrada bloqueada?
Por falar em candidatura bolsonarista ao Senado, o senador Jorginho Mello (Pl) passou o dia se incomodando com a reportagem da revista Veja que trata da possibilidade do suposto caminhoneiro Zé Trovão filiar-se ao Pl e concorrer ao Senado. Segundo a Veja, o catarinense disse que Zé Trovão “é bem-vindo no Pl”.
Estrada liberada
Jorginho Mello respondeu em nota que “é importante lembrar que ele (Zé Trovão) está em prisão domiciliar e, por conta disso, não há como fazer previsão sobre a sua elegibilidade. Além disso, não é um nome discutido no PL para o Senado”.
Críticas ao pacotaço de Moisés
Em carta assinada pelo presidente Sérgio Alves, a Facisc se posicionou criticamente ao pacotaço de projetos enviados pelo governo Carlos Moisés (Psl) com benefícios ao funcionalismo público e que devem ser votados esta semana. Vou reproduzir um trecho:
“São 31 matérias que trazem forte impacto às contas públicas, que criam cargos, secretarias, aumentam salários e concedem gratificações. Em um ano onde ainda não conseguimos balancear os prejuízos causados pela pandemia, famílias ainda sofrem com os danos causados, cortes de verbas foram realizados em áreas de grande necessidade, além de vários setores da economia sofrendo prejuízos devido às restrições, é inconcebível que no findar de 2021 sejam aprovados projetos desta magnitude, sem uma análise mais profunda dos impactos que vão gerar ao nosso Estado. O grande foco dos projetos de lei é estabelecer gratificações para categorias que já fazem jus aos maiores salários da máquina pública – no total, são 13 propostas deste tipo. Somente com
reajustes e bonificações, o Executivo prevê gastar mais de R$ 1,3 bilhão em 2022. Também há ajustes mais burocráticos, mas não menos impactantes, como a reforma administrativa, que vai criar secretarias ao custo de R$ 16,3 milhões ao ano.”
Cinco horas para limpar a pauta

Bruno e Lima levantam as mãos para votar contra os parecer. Foto: Jeferson Baldo, Agência AL.
Para limpar essa pauta, a Alesc promeveu reunião conjunta das comissões de Constituição e Justiça (Ccj), Finanças e de Trabalho e Serviço Público nesta segunda-feira. O encontro começou às 15h e só terminou depois das 20h. Foram aprovados os pareceres de 17 projetos. O único recusado foi o projeto que concederia reajuste aos defensores públicos e aos servidores da Defensoria Pública Estadual (DPE). O pacote deve ser votado – e aprovado – na sessão da tarde desta terça-feira. A proposta que transforma as carreiras de contador e auditor do Tesouro estadual em “auditores estaduais de finanças públicas” chegou a unir Bruno Souza (Novo) e Luciane Carminatti (Pt) em posição contrária, mas acabou passando. “Sem concurso, irão ter acesso a um novo cargo, com ‘substancial alteração na remuneração’, disse o deputado do Novo.
Esperneio
Bruno Souza, João Amin (Progressistas) e Sargento Lima (Pl) foram veementes nas críticas à aprovação acelerada e cheia de possíveis jabutis.
Aliás
Terça-feira é um bom dia para testar o tamanho da base de Moisés na Assembleia Legislativa.