O promotor de justiça Odair Tramontin será mesmo o nome do Novo para disputar o governo de Santa Catarina. Ele foi aprovado por processo seletivo da legenda e confirmado no encontro estadual do partido, realizado no último sábado em Joinville. Entrevistado no quadro Plenário, na Rádio Som Maior, na manhã desta segunda-feira, ele enfatizou o jeito do Novo de fazer política e se apresentou como alternativa para os eleitores catarinenses que rejeitem o jogo político tradicional.

– O nosso jeito de fazer política é diferente. O Novo faz um processo seletivo, avalia o candidato, decide internamente e apresenta o nome para a sociedade, independentemente das variáveis que os partidos tradicionais apresentam. Nunca fui candidato de absolutamente nada, quando em 2020 me convidaram para participar do processo eleitoral de Blumenau e, por pouco, não fui para o segundo turno. Isso significa dizer que nós nos apresentamos como uma alternativa nova, consistente, para que a sociedade avalie se ela quer continuar nesse modelo que temos, ou quer ver algo diferente. É com esse espírito que estou me apresentando como alternativa para governar o estado de Santa Catarina – pontua.

Odair Tramontin disputou a prefeitura de Blumenau em 2020, quando ficou em terceiro lugar com 14,2% dos votos válidos. Perdeu para o ex-prefeito João Paulo Kleinübing (Democratas, hoje União), que ficou com 15,5%, a vaga no segundo turno que seria vencido pelo prefeito Mário Hildebrandt (Podemos), mas ficou à frente de nomes de peso da política local, como os deputados estaduais Ricardo Alba (Psl, hoje União) e Ivan Naatz (Partido Liberal) e a ex-deputada estadual Ana Paula Lima (Pt).

Para 2022, Tramontin quer se apresentar como novidade no cenário. Posto que acabou ocupado em 2018 pelo governador Carlos Moisés (Psl, hoje Republicanos). O pré-candidato do Novo diz que se Moisés foi novidade, não é mais.

– O governador Moisés foi vendido como a novidade, mas ele não é. A novidade é o partido Novo. As moscas gostam de sujeira, então não adianta mudar as moscas se a sujeira continua a mesma. O governador Moisés começou como uma novidade, mas hoje ele é administrado pelas velhas estruturas. Nós nos apresentamos com essas duas grifes: só temos um governador (Romeu Zema, Minas Gerais) e um prefeito (Adriano Silva, de Joinville), e ambos são muito bem avaliados. Os cargos comissionados no Novo são contratados por processo seletivo. Não existe toma lá da cá, não tem gente fora de suas habilidades, como conhecemos no modelo tradicional. Nós temos o selo da garantia da novidade com consistência”, enfatiza ele.

Segundo Tramontin, transparência é a fórmula do Novo de fazer política sem alianças com o Legislativo.

– É fazer as coisas do jeito certo. Ser transparente. Nós defendemos que todos, executivo e legislativo, devem querer as mesmas coisas, ou seja, um estado eficiente, que entrega bons serviços e que a sociedade se sinta correspondida. Agora, depende da forma como o governo apresenta essas demandas. Se for um governo respeitado, os parlamentares também se sentem co-responsáveis. Estamos aptos, com sandálias da humildade, e nós não vendemos ilusões. É olho no olho, com essa credencial de um partido que não nasceu de outro partido. Dizemos aos catarinenses que é possível termos um jeito novo de fazer política – finalizou.

No sábado, o Novo-SC realizou seu terceiro encontro estadual anual, em Joinville. Reuniu 600 pessoas no espaço de eventos do Rudnick, recebeu o presidenciável Felipe d’Ávila, o presidente nacional do partido, Eduardo Ribeiro, o presidente estadual Vinícius Loss. Também participaram os mandatários da legenda – o deputado federal Gilson Marques, o deputado estadual Bruno Souza e o prefeito Adriano Silva.

Ouça a íntegra da entrevista:


Sobre a foto em destaque:

Tramontin discursa do evento do Novo em Joinville, quando foi confirmado como pré-candidato a governador da legenda. Foto: Divulgação.

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