Com a sanção das leis que criam o Universidade Gratuita, o desafio do governo é garantir que o programa esteja funcionando em setembro, ampliando o número de alunos contemplados pelo antigo Uniedu. É o que avalia o secretário de Educação, Aristides Cimadon, que rejeitou as especulações de que poderia deixar o governo Jorginho Mello (PL) após a implantação do projeto de compra das vagas das universidades do sistema Acafe – do qual foi presidente até o final do ano passado.
Em entrevista ao quadro Plenário, na Rádio Som Maior, horas antes da cerimônia realizada no Teatro Pedro Ivo Campos, anexo ao Centro Administrativo, para sanção das leis, Cimadon avaliou que o mês de agosto será para confirmação das instituições participantes para que em setembro seja lançado um edital para escolha e seleção dos estudantes.
– Teremos nesta semana ainda a assinatura e a divulgação dos decretos que regulamentam os procedimentos para implantação do programa. Isso acontecendo, lançaremos o edital para que, durante o mês de agosto, nós credenciemos e selecionemos as instituições participantes tanto de um como de outro programa. Temos a intenção de no mês de outubro fazer os pagamentos retroativos, inclusive, a todos os que participam do programa Universidade Gratuita e também da bolsa do Fumdes – disse o secretário na manhã de terça-feira.
Questionado por Maga Stopassoli se deixaria o governo, Cimadon negou a possibilidade e disse que o foco será dar continuidade ao que classifica como “programa de Estado” na educação.
– Queremos dar um incentivo aos itinerários de formação técnica, que será feito principalmente junto com o Senai e as próprias instituições comunitárias que participam do Universidade Gratuita. Este ano estamos com praticamente 14 mil estudantes fazendo itinerários técnicos ligados ao ensino médio. Queremos, em conjunto com a secretaria de Ciência e Tecnologia, Fapesc, institutos federais, se chegamos ao final do governo Jorginho com aproximadamente 100 mil estudantes fazendo formações técnicas.
Segundo a presidente da Acafe e reitora da Unesc Luciane Ceretta, que também participou da entrevista, os efeitos do programa deverão ser sentidos na educação e na economia do estado até o fim deste ano.
– No segundo semestre nós não teríamos novos ingressantes para o Uniedu porque foi contratado pelos estudantes que ingressaram no início de 2023. Nós teremos agora a inclusão de mais um quantitativo de estudantes que não teriam acesso neste segundo semestre. Apenas na Unesc, são mais de 20 mil estudantes novos. A possibilidade de os serviços também ganharem com a contrapartida desses estudantes, pois na medida que acessarem o programa, já terão a contrapartida, ou agora ou quando finalizarem o curso.
Sobre a imagem em destaque:
Aristides Cimadon discursa durante o evento de sanção das leis que formalizam a compra de vagas da Acafe. Foto: Roberto Zacarias, Secom-SC.