No dia 10 de fevereiro, o deputado estadual Bruno Souza (Novo) foi às redes sociais criticar a gestão da saúde pelo governo do Estado. Apresentou como exemplos a existência de aparelhos de endoscopia no Hospital Infantil e no Hospital Celso Ramos, em Florianópolis, e de uma cirurgia adiada por falta de agulhas. Vou reproduzir:


Na época, procurei a Secretaria de Saúde para saber se havia resposta para os questionamentos de Bruno Souza. A resposta foi esta:

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que a Agulha de Biópsia Estereotáxica já está no Hospital Celso Ramos, em Florianópolis, para a realização do procedimento no paciente que aguarda por esse insumo. Aliado a isso, a pasta está finalizando um processo de compra dessas agulhas.
A SES ainda esclarece que dois aparelhos de Endoscopia Digestiva Alta do Hospital Infantil Joana de Gusmão e dois do Hospital Celso Ramos estão em funcionamento e atendendo a demanda das unidades. Os demais aparelhos de ambas as unidades já estão para conserto, aguardando a chegada das peças que são importadas.
A SES está empenhada em resolver essas situações o quanto antes, mas reforça que os pacientes das unidades estão recebendo todo o atendimento necessário com zelo e profissionalismo. 

A resposta não deixou o deputado estadual satisfeito e na semana passada ele encaminhou representação ao procurador Diogo Ringenberg, do Ministério Público de Contas, solicitando a abertura de inquérito para apuração do que chama de “recorrentes falhas na gestão da Secretaria de Estado da Saúde”. Segundo ele, as denúncias foram averiguadas por seu gabinete e houve constatação de “reiterados os erros na condução de licitações (retardando as contratações de insumos e equipamentos), atrasos por falta de planejamento, ausência de contratos de manutenção preventiva e corretiva de equipamentos essenciais, morosidade na resolução de demandas urgentes, entre outros problemas”.

Entre os problemas destacados para averiguação do Mpc, Bruno Souza elenca o “atraso de mais de oito anos na licitação para contratação de empresa terceirizada para a realização de exames laboratoriais”. Segundo ele, devido a erros administrativos na condução da licitação, o processo, que começou em 2014, ainda não foi finalizado. Durante este período, de 2014 a 2022, o serviço ocorre por meio de dispensas de licitação emergenciais.

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