A executiva estadual do Progressistas se reúne na segunda-feira para discutir os rumos do partido nas eleições deste ano. Pré-candidato a governador da legenda, o senador Esperidião Amin garantiu em entrevista ao Plenário da Rádio Som Maior nesta sexta-feira: não vai desistir. No entanto, quer saber o tamanho do time progressista que vai entrar em campo.
– Ninguém é candidato de si próprio. O Progressistas quer um candidato a governador. Valeu para o ano passado, vale para agora. Se tiver um melhor do 11, não tem problema, serei o primeiro a defender renovação. Mas desde dezembro restou um nome como possível candidato a governador. Eu não vou fugir da raia. Presta bem atenção: o Esperidião Amin vai para a convenção. Com coligação, sem coligação, o 11 vale a eleição, o 11 tem uma missão a cumprir.
Amin relembrou as 23 reuniões regionais do partido realizadas em 2021 e da importância de que o Progressistas lidere novamente uma composição na disputa pelo poder no Estado. A última candidatura do partido foi em 2010, quando a atual deputada federal Angela Amin ficou em segundo lugar. Amin ressalta a história da legenda e alfineta possíveis adversários.
– A reunião de segunda-feira não é para decidir e nem para cometer imposturas. Tem gente que anuncia candidato a vice e anuncia um projeto alternativo na imprensa. Nossa conversa será pública. Ou o partido discute e está unido, ou teremos grandes dificuldades. Mas não vamos fugir dela. O que ninguém vai dizer é “o Amin desistiu”. O Amin vão vai desistir. O Amin vai para a convenção e aposta em duas colunas. A candidatura a governador, porque foi uma decisão do partido. Segundo, a coluna dos que vão disputar em conjunto, porque ninguém é candidato de si mesmo. O partido se expressa nas candidaturas a deputado federal e estadual.
Segundo ele, todas as vagas restantes da chapa majoritária “estão disponíveis” para composição com outros partidos. Ele não detalhou as conversas. Questionado em relação à possibilidade de que o deputado estadual Kennedy Nunes (Ptb) concorra ao Senado aliado ao Progressistas, Amin elogiou o discurso crítico do petebista em relação ao Supremo Tribunal Federal (Stf).
– Nenhuma outra razão para votar em senador vai estar acima dessa: “o senhor tem coragem de assinar um processo de impeachment contra um ministro que esteja patrocinando uma barbaridade jurídica? Nenhuma pergunta será mais importante do que essa. O Kennedy Nunes está dizendo claramente. É uma vantagem competitiva dele. Está fazendo várias conversas com nosso partido, mas eu não decidirei isso sozinho
Amin também se mostrou afiado ao falar sobre o recente debate entre o senador e pré-candidato a governador Jorginho Mello (Pl) e o prefeito chapecoense João Rodrigues (Psd) sobre quem conhece há mais tempo Jair Bolsonaro (Pl) e também o banner do presidente da República no lançamento da pré-candidatura de Gean Loureiro (União), aliado do pessedista de Chapecó. Ressaltou que pediu a Bolsonaro, no encontro semana passada, que se mantenha fora da disputa catarinense pelo governo.
– Tem gente que preferia o Dória e a vacina do Dória e está falando aí agora (risos). Eu acho que quanto mais candidatos apoiarem o Bolsonaro, melhor. Eu quero que ele ganhe. E quero que ele fique distante dessa disputa. Só isso que pedi a ele. Se tiver mais alguém que peça votos para o Bolsonaro, ótimo. O que ele fazia ontem não me interessa, ele que explique ao seu eleitor. Eu não preciso explicar. Tenho 31 anos de concordâncias e discordâncias. As concordâncias foram muito mais expressivas. Acho que essa afinidade, esse respeito recíproco é importante para quem quer ser governador.
Sobre a foto em destaque:
Amin garante que não desiste. Foto: Geraldo Magela, Agência Senado.