Semanas atrás, na Rádio Som Maior, perguntei ao deputado estadual reeleito Jessé Lopes (Partido Liberal) se o governador eleito Jorginho Mello (Partido Liberal) deveria se preocupar com a repetição da cena de 2019, quando registrou nas redes sociais a retirada do quadro do então aliado governador Carlos Moisés (ambos eram do Psl, hoje ele está no Republicanos) de seu gabinete na Assembleia Legislativa. O ato marcou, simbolicamente, o afastamento entre Moisés e o grupo mais radical do bolsonarismo, quando o governador tentava diferençar as pautas do governo estadual em relação ao presidente Jair Bolsonaro.

Na resposta, Jessé contemporizou, disse que eram situações diferentes – que o gabinete, aquela vez, havia sido decorado pelo pai, Júlio Lopes – e que Moisés foi um governador eleito exclusivamente pela Onda Bolsonaro, enquanto Jorginho já era um político experimentado e que, embora tenha sido impulsionado pelo partido de Bolsonaro, concorreria com ou sem esse apoio.

Pois bem, na noite de segunda-feira, Jessé deu a primeira canelada no futuro governo. Foi às redes sociais demonstrar descontentamento com o anúncio da deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania) na Secretaria de Saúde, o que vai manter na Câmara Federal a deputada federal Geovânia de Sá (Psdb), também de Criciúma como Jessé, que ficou a primeira suplência nas eleições deste ano. Reproduzo:

Se o o governo Jorginho seguir o passo dos primeiros movimentos, é questão de tempo a próxima canelada de Jessé.


Sobre a foto em destaque:

Jessé no plenário da Alesc. Foto: Rodolfo Espínola, Agência Al.

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