Alesc empoderada

Um encontro político na pequena Luiz Alves, no Vale do Itajaí, é um exemplo eloquente para explicar o momento de força política dos deputados estaduais em relação aos deputados federais em Santa Catarina, especialmente aqueles que têm maior prestígio junto ao governo de Carlos Moisés (ex-Psl). No sábado, o prefeito Marcos Veber (Psdb) recebeu três parlamentares que foram ao município fazer o repasse de recursos para o município. A deputada federal Geovânia de Sá (Psdb) levou uma emenda de 500 mil para a saúde. Também deputado federal, Rodrigo Coelho (Psb, a caminho do Podemos), repassou R$ 405 mil, igualmente para saúde.

Juntos

Enquanto isso, a deputada estadual Paulinha (ex-Pdt) capitalizava a assinatura do convênio de R$ 3,3 milhões do governo do Estado para a pavimentação das vias que integram a Rota da Cachaça – produto que faz a fama de Luiz Alves, capital catarinense da bebida. A assinatura foi em junho, mas Paulinha apresentou-se como mediadora do pleito na condição de membro da Comissão de Turismo da Alesc. E, é claro, de aliada de carteirinha do governo Moisés desde o primeiro dia.

Reta final

Termina no dia 23 de outubro, sábado, o prazo legal de 60 dias para que o Banco Central avalie a indicação do ex-governador Eduardo Pinho Moreira (Mdb) para compor a direção do Brde. O prazo começou a contar a partir da aprovação na própria diretoria do banco regional, que aconteceu dia 24 de agosto. No final de semana, em encontro do Mdb do Sul, Pinho Moreira reafirmou o desejo de concorrer a deputado estadual em 2022.

Alcatraz

A juíza federal Janaina Cassol, da 1ª Vara da Justiça Federal em Florianópolis, recebeu mais uma denúncia do Ministério Público Federal na Operação Alcatraz na segunda-feira. A nova leva de denunciados tem sete pessoas – nenhum deles é político -, que vão responder por peculato e crimes contra as licitações pela suposta atuação em pregão presencial da Secretaria de Defesa Civil de Santa Catarina em 2018, quando foram contratados serviços de telefonia para o órgão. Os réus são: Maurício Rosa Barbosa, Felipe Mello Leite, Flávia Coelho Werlich, Harley de Aguiar Junior, Nuno Miguel Gonçalves Ribas, Renato Deggau e Thiago Sartorato.

Moisés na dança

Esse passo o governador Carlos Moisés (ex-Psl) não tem obrigação de acertar. Ele subiu ao palco do Festival de Dança de Joinville para entregar o prêmio para o grupo Lapidare, vencedor do evento. O passo da escolha do futuro partido, esse não pode estar desalinhado.

Tem espaço na van

Aparentemente o pessoal do Progressistas (Pp) do Sul do Estado não vê problema no retorno do deputado federal Daniel Freitas (Psl) ao partido. Avaliam que há espaço para a candidatura dele à reeleição e a do ex-deputado estadual Valmir Comin, que pretende disputar uma vaga na Câmara Federal. Freitas era vereador em Criciúma quando trocou o Pp pelo Psl em busca de espaço para concorrer em 2018. Queria ser candidato a deputado estadual e não conseguiria na chapa progressistas por causa – justamente – da presença de Comin. Resultado: Comin não se reelegeu na Alesc, enquanto Freitas foi o segundo deputado federal mais votado.

Pré-requisito complicado

Aliás, Daniel Freitas conversou com o prefeito florianopolitano Gean Loureiro (Democratas) sobre a possibilidade de integrar o União Brasil, partido derivado da fusão entre Democratas e Psl. Queria, no entanto, garantia de que a nova legenda vai apoiar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (ex-Psl). O prefeito de Florianópolis disse que essa garantia só Luciano Bivar e ACM Neto poderiam dar. E olhe lá.

E aí?

Conversava com um parlamentar que fez uma pergunta muito intrigante. Vou reproduzir:

– Como ficaria o União Brasil aqui em Santa Catarina se o governador Moisés não tivesse deixado o Psl?

A minha resposta foi nada eloquente: “boa pergunta”. A avaliação primeira é que, como governador, Moisés teria peso para disputar com Gean Loureiro (Democratas) o comando da legenda.